A Tolerância a falhas bizantinas federada é um mecanismo de consenso concebido para melhorar a escalabilidade, segurança e descentralização em blockchain, particularmente em redes onde uma federação de nós confiáveis participa na validação de transações.
Uma variação da tradicional Tolerância a falhas bizantinas (BFT), a fBFT utiliza características únicas onde um grupo pré-selecionado de entidades confiáveis participa no processo de consenso, formando uma ‘”federação”, que pode ser composta por instituições, organizações ou mesmo indivíduos. A rede depende desses nós federados para validar transações, tornando-a mais eficiente do que os modelos totalmente descentralizados, onde cada nó na rede pode participar.
O sistema fBFT usa “pedaços de quórum”, que são subconjuntos de nós em que um nó individual confia para validar transações, permitindo consenso sem exigir o acordo de toda a rede. Para a rede alcançar consenso, os pedaços de quórum devem sobrepor-se. Cada nó seleciona autonomamente o seu pedaço de quórum, promovendo um modelo descentralizado onde os nós operam com base nos seus próprios critérios.
Normalmente, um sistema BFT pode tolerar até um terço dos nós com comportamento incorreto ou malicioso, mantendo o consenso. Por outro lado, o modelo fBFT visa alcançar consenso mesmo quando alguns dos nós participantes estão com defeito, comprometidos ou a agir de forma maliciosa. Este modelo aumenta a segurança ao assumir que nem todos os participantes são confiáveis.
O sistema é projetado para suportar o problema Bizantino, no qual alguns nós podem tentar propagar informações falsas ou interromper a rede. Os nós federados devem concordar com o estado da rede e, mesmo que alguns deles ajam de forma maliciosa, o consenso ainda pode ser alcançado, desde que a maioria se comporte de forma honesta.
É importante notar que, embora o fBFT melhore a escalabilidade e a velocidade das transações, isso tem como custo alguma descentralização, uma vez que o processo de consenso é tratado por uma federação de nós confiáveis, criando um componente centralizado.