O que é Big data e como ele pode mudar com a Web3
Big data refere-se aos vastos e complexos conjuntos de dados que moldam nossas experiências on-line. Confira o guia para entender como ele é usado.
Tópicos principais:
- Volume, velocidade, variedade e veracidade definem o big data, refletindo seu tamanho, celeridade, diversidade e desafios de qualidade de dados.
- O Big data de fontes on-line, como análise da Web e redes sociais, fornece insights valiosos, causando impacto na experiência do usuário e nas decisões comerciais.
- No entanto, a ampla coleta de dados de usuários gera preocupações com a privacidade, exigindo medidas de segurança robustas e compliance regulatório.
- A descentralização da Web3 poderia remodelar o gerenciamento e a propriedade do Big data, aumentando a privacidade do usuário e o controle sobre como seus dados são usados.
O que é Big data?
Big data refere-se a conjuntos de dados extremamente grandes e complexos, e que não são facilmente gerenciados, processados ou analisados com ferramentas mais tradicionais. O termo “big data” engloba não apenas o tamanho dos dados, mas também sua velocidade, variedade e veracidade.
Os quatro Vs do Big data
As características do Big data são geralmente chamadas de “Quatro Vs”:
Volume: O Big data envolve o processamento de grandes volumes de dados. Estes podem ser da ordem de petabytes ou exabytes, muito além da capacidade dos bancos de dados tradicionais.
Velocidade: Refere-se à velocidade com que os dados são gerados, coletados e processados. Com o advento de tecnologias como a Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT), e fluxos de dados em tempo real, os dados são gerados em uma velocidade sem precedentes.
Variedade: O Big data vem em uma variedade de formatos, incluindo dados estruturados (como bancos de dados), não estruturados (como texto e imagens) e semiestruturados (como arquivos XML). Lidar com essa variedade de tipos de dados é um desafio na análise de Big data.
Veracidade: A veracidade refere-se à confiabilidade e à precisão dos dados. Com o Big data, geralmente há uma mistura de dados confiáveis e não confiáveis, e para entendê-los é necessário considerar cuidadosamente a qualidade deles.
Além dos Quatro Vs, algumas discussões também incluem características adicionais como valor (a capacidade de transformar dados em valor) e variabilidade (a inconsistência dos dados).
Para que o Big data é usado?
A análise do Big data geralmente envolve técnicas analíticas avançadas, incluindo machine learning, para extrair percepções e padrões significativos de vastos e complexos conjuntos de dados.
Seu uso tem se tornado cada vez mais importante em vários campos, incluindo negócios, saúde, finanças, ciências e outros, à medida que as organizações buscam obter percepções valiosas, tomar decisões informadas e melhorar a eficiência geral.
Por exemplo, o Big data ajudou a prever a chegada do furacão Sandy com cinco dias de antecedência, e muitos hospitais coletam e analisam Big data para melhorar o atendimento médico.
Para que é usado o Big data gerado on-line?
A internet é a principal fonte das enormes quantidades de dados que se enquadram no conceito de big data.
Estima-se que um único usuário de smartphone gere cerca de 40 exabytes de dados todos os meses, por meio de mensagens, e-mails, pesquisas no Google, histórico de navegação, comentários em redes sociais, histórico de compras on-line, entre outros. Atualmente, há quase 7 bilhões de smartphones em todo o mundo, o que representa um número impressionante de big data.
Veja abaixo algumas maneiras de como os serviços de redes sociais, motores de busca e outras plataformas usam os dados on-line:
Análise da web
Os sites e as plataformas on-line geram uma grande quantidade de dados relacionados ao comportamento, às preferências e às interações dos usuários. As ferramentas de análise da web coletam e analisam esses dados para fornecer insights sobre as tendências do usuário, melhorar a sua experiência e informar decisões comerciais.
Redes sociais
As plataformas de redes sociais são uma importante fonte de big data. A grande quantidade de conteúdo gerado pelo usuário, as interações e as métricas de engajamento fornecem informações valiosas para empresas, profissionais de marketing e pesquisadores.
Motores de busca
Os motores de busca processam e armazenam grandes quantidades de dados relacionados a consultas de pesquisa, comportamento do usuário e indexação de conteúdo. Esses dados são essenciais para aprimorar os algoritmos de pesquisa e entender a intenção do usuário.
Comércio eletrônico
As compras on-line geram dados abrangentes sobre as preferências do consumidor, o histórico de compras e o comportamento de navegação. Os varejistas usam esses dados para marketing personalizado, sistemas de recomendação e gerenciamento de estoque.
Serviços de streaming
As plataformas que fornecem serviços de streaming de música, vídeos e outros conteúdos geram grandes quantidades de dados relacionados às preferências do usuário e aos hábitos de visualização. Esses dados são usados para recomendar conteúdo e aprimorar a experiência.
Segurança cibernética
A Internet também é um campo de batalha para a segurança cibernética, e a análise de Big data desempenha um papel fundamental na detecção e prevenção de ameaças. A análise dos logs de rede, do comportamento do usuário e dos dados do sistema ajuda a identificar padrões anormais indicativos de incidentes de segurança.
A internet funciona como um vasto ecossistema para a geração, transmissão e armazenamento de big data. A interação entre o big data e a internet transformou a forma como as empresas operam, como as pessoas interagem on-line e como as informações são processadas e utilizadas em vários domínios.
Por que as pessoas estão preocupadas com o Big data?
O impacto do Big data na internet pode ter implicações positivas e negativas para os usuários, e isso depende muito de como os dados são coletados, gerenciados e usados.
Veja abaixo as possíveis desvantagens do Big data na internet:
Preocupações com a privacidade
A coleta extensiva de dados de usuários, especialmente de informações pessoais, gerou preocupações com a privacidade. Os usuários podem se sentir desconfortáveis sabendo que suas atividades, preferências e comportamentos on-line estão sendo rastreados e analisados.
As estruturas regulatórias, como o GDPR na Europa, e a crescente conscientização levaram as empresas a serem mais transparentes sobre as práticas de coleta de dados e a fornecer aos usuários o controle sobre seus dados. No entanto, os desafios de privacidade persistem.
Riscos de segurança
Os grandes volumes de dados armazenados e processados são alvos atraentes para os criminosos cibernéticos. As violações de dados podem levar à exposição de informações confidenciais, causando danos aos indivíduos.
As organizações estão investindo em medidas de segurança cibernética para se protegerem contra violações de dados. A criptografia, a autenticação multifatorial e as auditorias de segurança regulares estão entre as estratégias usadas para aprimorar a segurança dos dados.
Viés algorítmico
A análise de Big data geralmente depende de algoritmos para fazer previsões e tomar decisões. Se os dados usados para treinar esses algoritmos forem tendenciosos, isso pode levar a resultados discriminatórios.
Estão sendo feitos esforços para abordar o viés algorítmico por meio da melhoria da qualidade dos dados, da transparência na tomada de decisões algorítmicas e do monitoramento contínuo para identificar e corrigir vieses.
Manipulação e criação de perfis de usuários
Às vezes, o Big data é usado para criar perfis detalhados de usuários, permitindo publicidade direcionada e conteúdo personalizado. Isso pode melhorar a experiência, mas também pode levar à manipulação e a bolhas de filtros, em que os usuários são expostos apenas a informações que se alinham às suas visões existentes.
Maior transparência no uso de dados, mecanismos de consentimento e diretrizes éticas podem ajudar a reduzir os riscos de manipulação e criação de perfis de usuários.
Falta de compreensão
Muitos usuários podem não entender completamente como seus dados são coletados, processados e usados. Essa falta de conhecimento contribui para uma sensação de perda de controle sobre as informações pessoais.
O aprimoramento da comunicação e da educação sobre as práticas de dados pode capacitar os usuários a tomar decisões informadas sobre suas atividades on-line e sobre o que compartilham.
Como a Web3 mudará o Big data?
A Web3 refere-se a uma visão da próxima geração da World Wide Web, geralmente associada a tecnologias descentralizadas e blockchain. Embora o conceito da Web3 ainda esteja evoluindo, espera-se que ele tenha várias implicações para o Big data:
Descentralização
Tecnologias descentralizadas, como blockchain e criptomoeda, caracterizam a Web3, o que pode afetar a forma como os dados são armazenados, compartilhados e acessados, passando de servidores centrais para redes distribuídas e propriedade de dados por poucos (pense no Google e no Facebook), como na Web2.
Isso pode mudar a forma como o big data é gerenciado. Em vez de depender de bancos de dados centralizados, os dados poderiam ser distribuídos em uma rede de nós, proporcionando maior segurança e transparência aos usuários.
Propriedade e privacidade dos dados
A Web3 visa dar aos usuários maior controle sobre seus dados e identidades digitais, onde podem ter mais propriedade e controle sobre o conteúdo que geram.
À medida que os indivíduos obtêm mais controle sobre seus dados, pode haver mudanças na forma como as organizações os coletam, armazenam e usam. Medidas aprimoradas de privacidade podem influenciar os tipos e as quantidades de dados disponíveis para a análise de big data.
Contratos inteligentes e automação
Os contratos inteligentes, possibilitados pela tecnologia blockchain, permitem contratos autoexecutáveis com os termos do acordo escritos diretamente no código. Isso poderia automatizar determinados processos e transações.
Isso também poderia simplificar as transações de dados, reduzir a intervenção manual e melhorar a eficiência dos processos relacionados a dados no contexto da análise de Big data.
Interoperabilidade
A Web3 prevê maior interoperabilidade entre diferentes plataformas e serviços, promovendo um ambiente digital mais conectado e colaborativo.
A interoperabilidade aprimorada pode facilitar a integração de diversos conjuntos de dados de várias fontes, contribuindo para uma abordagem mais abrangente e holística da análise de Big data.
É importante observar que o desenvolvimento e a adoção das tecnologias Web3 estão em andamento, e seu impacto total sobre o Big data ficará mais claro à medida que essas tecnologias amadurecerem e forem mais amplamente adotadas.
Conclusão
É essencial reconhecer que, embora existam possíveis desvantagens, o Big data também traz benefícios significativos, como serviços aprimorados, recomendações personalizadas e avanços em áreas como saúde e pesquisa.
O movimento Web3 defende a proteção da privacidade e dos dados pessoais dos usuários, com uma postura crítica em relação ao big data e à forma como ele é usado atualmente na era da Web2. Alcançar um equilíbrio entre o aproveitamento das vantagens do big data e o enfrentamento dos seus desafios é fundamental para criar um ambiente positivo e ético para os usuários da internet. As medidas regulatórias, as práticas recomendadas do setor e a conscientização dos usuários desempenham papéis fundamentais na formação do impacto do big data na internet.
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