Bitcoin

• Lançado em 2009 por uma pessoa ou grupo anônimo conhecido como Satoshi Nakamoto, o Bitcoin é um sistema de moeda digital peer-to-peer (P2P) que opera independentemente de qualquer autoridade central.
• Usando a tecnologia blockchain para proteger e verificar transações, o Bitcoin ganhou popularidade por vários motivos, incluindo escassez, segurança, privacidade e descentralização.
• O BTC, a moeda nativa do Bitcoin, pode ser ganho por meio de mineração ou comprado em uma exchange.
• Disponíveis gratuitamente para qualquer pessoa, as carteiras Bitcoin são normalmente usadas para comprar, armazenar e enviar Bitcoin.
• A volatilidade do preço do Bitcoin o torna atraente para certos traders.
• Estima-se que 14% de todos os adultos dos EUA possuam Bitcoin.

Em 2008, Satoshi Nakamoto apresentou ao mundo o Bitcoin e sua tecnologia subjacente: a blockchain. Mas a verdadeira identidade do criador do Bitcoin permanece um mistério até hoje. Embora haja especulações e candidatos propostos, nenhuma prova concreta da identidade de Nakamoto foi descoberta.

Não importa sua identidade, o impacto e o legado de Nakamoto no mundo das criptomoedas são inegáveis, e sua identidade continua a ser um tópico de interesse e discussão na comunidade de criptomoedas. Estima-se que Nakamoto possua cerca de 1,1 milhão de BTC, o equivalente a 5% de todos os bitcoins a serem criados.

Embora o criador do Bitcoin permaneça anônimo, as razões por trás de sua criação permanecem incertas. No entanto, ela pode ter sido impulsionada por vários fatores, segundo entende-se do white paper:

Primeiro, o Bitcoin teve como objetivo resolver as falhas dos sistemas financeiros tradicionais (TradFi) baseados em confiança, como o controle centralizado, as altas taxas de transação e a acessibilidade limitada.

Em segundo lugar, os princípios subjacentes do Bitcoin incluem descentralização, falta de confiança, segurança e privacidade: tudo alcançado por meio da tecnologia blockchain. Ao eliminar intermediários, o Bitcoin permite transações rápidas e de baixo custo, inclusão financeira e maior transparência.

Esses fatores também refletem as críticas públicas ao sistema financeiro global na época do lançamento do Bitcoin, logo após a crise financeira global de 2007 e 2008.

O Bitcoin baseia-se em uma tecnologia chamada blockchain, que é governada por um mecanismo de consenso. Em termos simples, um blockchain anota todas as transações em um livro-razão digital, que pode ser visualizado publicamente por qualquer pessoa on-line.

O Bitcoin não é governado por uma instituição centralizada; em vez disso, um grupo de participantes mantém o livro-razão (a blockchain) em conjunto para chegar a um acordo sobre quais transações estão certas ou erradas. Isso é chamado de mecanismo de consenso. O Bitcoin se baseia no mecanismo de consenso Proof of Work (PoW), o primeiro consenso de blockchain já criado.

O Bitcoin é valorizado pelos membros da comunidade de criptomoedas por vários motivos. Primeiro, é uma moeda descentralizada, o que significa que sua emissão não é controlada por nenhum governo ou autoridade central.

Segundo, o Bitcoin tem um oferta limitada, com somente 21 milhões de moedas a serem mineradas. Essa escassez é frequentemente comparada ao ouro pela comunidade de criptomoedas e torna o Bitcoin um ativo atraente para alguns. Não é de surpreender que o Bitcoin tenha sido apelidado de "ouro digital".

Terceiro, o Bitcoin opera em uma tecnologia segura e transparente chamada blockchain. Isso garante que as transações sejam registradas e verificadas por uma rede de computadores, tornando praticamente impossível alterar ou falsificar transações. Alguns consideram que esses fatores se combinaram para tornar o Bitcoin um ativo digital valioso e cada vez mais procurado.

Ao contrário das moedas fiduciárias, que são emitidas e lastreadas por governos, ninguém é dono da rede de pagamento Bitcoin em si. Ela é totalmente independente de qualquer pessoa ou organização (mineradores trabalham juntos para manter a rede Bitcoin). No entanto, pessoas e organizações podem possuir BTC, a moeda nativa da rede Bitcoin, e fazer software para comprar, armazenar ou transferir bitcoins.

O número de proprietários de Bitcoin continuou a crescer de forma constante. De acordo com uma pesquisa da Morning Consult, 26% dos millennials e 14% de todos os adultos dos EUA possuem Bitcoin. Globalmente, estima-se que até o final de 2023 havia 580 milhões de proprietários de criptomoedas, entre eles mais de 296 milhões de proprietários de Bitcoin. Essas estimativas se traduzem em uma taxa média global de posse de criptomoedas de 6,8% em junho de 2024.

Acredita-se que o maior detentor de Bitcoins seja Satoshi Nakamoto, o pseudônimo do fundador do Bitcoin. Estima-se que Nakamoto possua mais de um milhão de BTC. Além disso, há outros grandes detentores de Bitcoin, conhecidos como "baleias".

Embora os mineradores minerem para serem recompensados e receberem bitcoins, sua mineração cumpre outra tarefa importante (além de criar novos bitcoins): Ela registra as transações de Bitcoin de forma segura e imutável (ou seja, elas não podem ser adulteradas) na blockchain do Bitcoin.

Tanto o remetente quanto o destinatário precisam de uma carteira de Bitcoin para concluir uma transação de Bitcoin entre si. O remetente transmite a quantidade de Bitcoin e o endereço da carteira para a rede e, em poucos minutos, a transação é verificada pelos mineradores, incluída no próximo bloco e considerada concluída. O receptor pode então fazer login em sua carteira com sua chave privada (ou seja, a senha de sua carteira) e confirmar o recebimento da transação.

Além disso, todos na rede Bitcoin podem verificar e aceitar a transação como válida, pois os endereços das carteiras são registrados imutavelmente na blockchain e podem ser visualizados publicamente com um explorador de blocos.